Processamento
Após os sinais serem
captados e trafegarem pela
cabeação que os conduz ao
local de controle, o
primeiro equipamento que
encontrarão será a mesa de
som e é nela que, após
instalado e calibrado o
sistema, acontece a grande
maioria do trabalho do
operador de som (salvo
alguns eventuais ajustes em
periféricos como gravadores,
módulos de efeitos,
aparelhos de playback etc.).
Uma
Visão Geral
Em termos gerais, a mesa de
som é responsável por:
1. elevar o nível do
sinal que chega à mesa,
2. ajustar a
equalização (graves, médios
e agudos) deste sinal
3. acertar a
intensidade sonora de ca da
voz ou instrumento - que
será então
4. enviado ao destino
principal, como a/s caixa/s
principal/is
5. e a outros
destinos auxiliares como
sistemas de retorno e
módulos de efeitos
6. além de
possibilitar sub-grupamentos
de sinais por tipo, ou
qualquer outra
característica que o
operador desejar para
organizar e simplificar o
seu trabalho.
Vamos buscar compreender a
razão por trás de cada uma
destas funções, entrando em
alguns detalhes de como isto
ocorre dentro da mesa e
comentando técnicas
necessárias para que estes
processos sejam realizados
de modo a preservar a máxima
qualidade do sinal.
A
Superfície de Controle
O primeiro processo
necessário é a elevação do
baixo nível de sinal mic,
que em média (valor nominal)
chega do palco entre 0 e
77,5 milivolts, a um nível
line com o qual ele será
trabalhado dentro da mesa e
nos demais aparelhos do
sistema após sair da mesa.
Por ser a primeira das
várias etapas de
processamento do sinal, até
que o mesmo seja enviado às
caixas após a amplificação
final, esta amplificação,
conhecida por
pré-amplificação, representa
uma das mais delicadas
tarefas da mesa de som, pois
se os componentes ou
circuitos desta etapa não
forem de boa qualidade, os
sinais que chegam captados
do palco já terão sua
qualidade comprometida desde
o primeiro instante de
processamento do sinal.
Feito este ajuste de nível,
o sinal com seu nível mais
robusto é agora encaminhado
à seção de equalização para
os ajustes de filtros que
irão aumentar ou diminuir as
características de timbre
grave, médio e agudo do som
de cada voz ou instrumento.
Após a equalização, o sinal
passa pelos botões de
endereçamento que se
encarregam de colocá-lo nos
barramentos principais ou de
sub-grupamentos que serão
enviados posteriormente aos
barramentos principais após
passarem por mais algum
ajuste de nível e, talvez
processamento por algum
equipamento externo da mesa
(pois estes subgrupos podem
ser acessados via jacks de
insert de sinal).
Além de endereçar os sinais
para as saídas principais
para amplificação ou
gravação é comum que o
operador também esteja
enviando alguns agrupamentos
de sinais ou mix para um ou
mais sistemas auxiliares
como, por exemplo, de palco,
no hall de entrada, berçário
etc. Estas saídas auxiliares
também servem como uma forma
de se selecionar quais vozes
ou instrumentos serão
enviados para um determinado
módulo de efeito.
Antes de comentar os
controles que possibilitam
que estas funções ocorram
numa mesa de som, vamos
compreender como os mesmos
estão dispostos numa mesa
para que seja mais fácil
você encontrá-los. É claro
que estaremos falando de
modo genérico, porém, embora
não exista um padrão rígido
adotado por todos os
fabricantes, a seqüência
lógica dos passos de
operação têm, ao longo do
tempo, feito que a maioria
dos fabricantes siga uma
disposição semelhante dos
controles nas superfícies de
controle de suas mesas de
som.
Assim sendo o que
normalmente ocorre é que
temos os canais, ou seja, os
circuitos encarregados de
receber e processar uma
única voz ou instrumento
alinhados no sentido
vertical, com referência à
posição do operador, ou
seja, partindo dele para a
parte mais distante da mesa
e o agrupamento de funções
semelhantes na horizontal,
ou seja, com seus botões
correndo um ao lado do
outro, canal por canal.
Para simplificar observe a
tabela em que cada coluna
seria um canal e cada linha
uma série de controles
semelhantes. Os controles
gerais na maioria das mesas
ficam na direita e, em
alguns modelos, próximos ao
centro, dividindo os canais
em grupos múltiplos de 8.
Estes controles trabalham
com os sinais que foram
agrupados e mixados na
intensidade desejada pelo
operador e dão o ajuste
final de intensidade antes
destes agrupamentos de
sinais serem enviadas aos
seus destinos diversos. Por
exemplo, os faders de
sub-grupos ou Sub-Masters
dão ao operador a
oportunidade de regular a
intensidade de um grupo de
sinais antes que sejam
enviados aos faders Master;
os faders Master enviam os
sinais por um caminho que os
conduzirá às caixas
principais; os botões Master
de Envio (Send) dos
Auxiliares para enviar os
sinais destes auxiliares aos
retornos ou módulos de
efeitos.
No próximo artigo
iniciaremos a análise das
funções de cada um dos
controles.
A Mesa de Som - O Controle de Ganho (e a importância de seu ajuste) |