Os gêmeos árabes Cosme e
Damião eram filhos de uma
nobre família de cristãos.
Nasceram por volta do ano
260 d.C., na região da
Arábia e viveram na Ásia
Menor, no Oriente. Desde
muito jovens, ambos
manifestaram um enorme
talento para a medicina,
profissão a qual se
dedicaram após estudarem e
diplomarem-se na Síria.
Tornaram-se profissionais
muito competentes e dignos,
e foram trabalhar como
médicos e missionários na
Egéia.
Amavam a Cristo com todo o
fervor de suas almas, e
decidiram atrair pessoas ao
Senhor através de seu
serviço. Por isso, não
cobravam pelas consultas e
atendimentos que prestavam,
e por esse motivo eram
chamados de "anárgiros", ou
seja, “aqueles que são
inimigos do dinheiro / que
não são comprados por
dinheiro". A riqueza que
almejavam era fazer de sua
arte médica também o seu
apostolado, para a conversão
dos perdidos, o que, a cada
dia, conseguiam mais e mais.
Seus corações ardiam por
ganhar vidas, e nisto se
envolveram através da
prática da medicina.
Inspirados pelo Espírito
Santo, usavam a fé aliada
aos conhecimentos
científicos. Confiando
sempre no poder da oração,
operaram verdadeiros
milagres, pois em Nome de
JESUS curaram muitos
doentes, vários destes à
beira da morte.
Também preocupavam-se em
curar animais, pois sabiam
que “toda a criação aguarda,
com ardente expectativa,
pela manifestação da glória
de Deus em Seus filhos”
(Romanos 8.18:19).
Manifestaram Autoridade do
Alto, pregando o Evangelho
com sinais e prodígios. Sua
linguagem e sua pregação
“não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria,
mas em demonstração do
Espírito de Poder” (ICo
2.4). Desta forma,
conseguiram plantar a
semente da salvação em
muitos corações, colhendo
inúmeras conversões a JESUS.
Cosme e Damião possuíam uma
revelação clara do chamado
que tinham como ministros do
Evangelho, chamado que
cumpriam no cotidiano da
rotina profissional,
ministrando Cristo através
de seu trabalho.
Porém, as atividades cristãs
dos médicos gêmeos chamaram
a atenção das autoridades
locais da época, quando o
Imperador romano
Diocleciano autorizou a
perseguição aos cristãos,
por volta do ano 300.
Diocleciano odiava os
cristãos porque eles eram
fiéis a Jesus Cristo e não
adoravam ídolos e esculturas
consideradas sagradas pelo
Império Romano.
Por pregarem o cristianismo,
Cosme e Damião foram presos,
levados a tribunal e
acusados de se entregarem à
prática de feitiçarias e de
usar meios diabólicos para
disfarçar as curas que
realizavam. Ao serem
questionados quanto as suas
atividades, eles
responderam: "Nós curamos as
doenças em nome de Jesus
Cristo, pela força do Seu
poder".
Eles conheceram os
princípios da fé cristã
quando ainda eram crianças,
e por isso recusaram-se a
adorar os deuses pagãos,
apesar das ameaças de serem
duramente castigados. Ante o
governador Lísias, ousaram
declarar que aqueles falsos
deuses não tinham poder
algum sobre eles, e que só
adorariam o Deus Único,
Criador do Céu e da Terra.
Mantiveram a Palavra do
testemunho de Cristo,
impressionando a todos por
seu Amor e sua entrega a
JESUS.
Não renunciaram aos
princípios de Deus, e
sofreram terríveis torturas
por isso. Mas mesmo
torturados, não abalaram sua
convicção e jamais negaram a
fé. Em 303, o Imperador
decretou que fossem
condenados à morte na Egéia.
Os dois irmãos foram
colocados no paredão para
que quatro soldados os
atravessassem com setas, mas
eles resistiram às pedradas
e flechadas. Os militares
foram obrigados a recorrer à
espada para a decapitação,
honra reservada só aos
cidadãos romanos. E assim,
Cosme e Damião foram
martirizados.
Cem anos depois disso,
iniciou-se uma terrível
idolatria ao seus restos
mortais e às imagens que
foram esculpidas em sua
homenagem. Dois séculos após
sua morte, por volta do ano
530, o Imperador Justiniano
ficou gravemente doente e
deu ordens para que se
construísse, em
Constantinopla, uma
grandiosa igreja em honra de
Cosme e Damião. A fama dos
gêmeos também correu no
Ocidente, a partir de Roma,
por causa da basílica
dedicada a eles, construída
a pedido do papa Félix IV,
entre 526 e 530. A
solenidade de consagração da
basílica ocorreu num dia 26
de setembro e assim, Cosme e
Damião passaram a ser
festejados, pela igreja
católica, nesta data.
Os nomes de Cosme e Damião
são pronunciados inúmeras
vezes, todos os dias, no
mundo inteiro. Até hoje, os
gêmeos são cultuados em toda
a Europa, especialmente na
Itália, França, Espanha e
Portugal. Além disso, são
venerados como padroeiros
dos médicos e farmacêuticos,
e por causa da sua
simplicidade e inocência
também são invocados como
protetores das crianças. Por
isso, na festa dedicada a
eles, é costume distribuir
balas e doces para as
crianças.
Aqui no Brasil, a
idolatria uniu-se à
feitiçaria. A devoção
trazida pelos portugueses
misturou-se com o culto aos
orixás-meninos (Ibejis ou
Erês) da tradição africana
yorubá. Cosme e Damião, os
santos mabaças ou gêmeos,
são tão populares quanto
Santo Antônio e São João.
São amplamente festejados na
Bahia e no Rio de Janeiro,
onde sua festa ganha a rua e
adentra aos barracões de
candomblé e terreiros de
umbanda, no dia 27 de
setembro, quando crianças
saem aos bandos, pedindo
doces e esmolas em nome dos
santos.
Uma característica marcante
na Umbanda e no Candomblé,
em relação às representações
de Cosme e Damião, é que
junto aos dois santos
católicos aparece uma
criancinha vestida igual a
eles. Essa criança é chamada
de Doúm ou Idowu, que
personifica as crianças com
idade de até sete (7) anos
de idade, sendo ele o
protetor das crianças nessa
faixa de idade. Na festa da
tradições afro, enquanto as
crianças se deliciam com a
iguaria consagrada, os
adultos ficam em volta
entoando cânticos (oríns)
aos orixás.
Triste é ver a total
profanação dos Princípios
Eternos pelos quais os
gêmeos árabes morreram.
Nunca Cosme de Damião
deram-se aos ídolos e jamais
praticaram magia ou
ocultismo, embora tenham
sido acusados de fazê-lo.
Mas o pecado do homem e a
maldade de Satanás, que
distorce os padrões do
SENHOR, fazem com que o
engano se propague por
gerações, através dos
séculos, tornando o mal uma
tradição cultural. Eles
foram cristãos fiéis até o
fim amaram o SENHOR sem
medida e sem restrições
manifestaram JESUS em suas
vidas diárias e assim,
ganharam inúmeras almas ao
SENHOR, através do Amor e da
Pregação.
É neste testemunho que nós
devemos nos inspirar.
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