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NÚCLEO DE APOIO CRISTÃO

 

Cura Interior

As gêmeas da morte: Mágoa e Amargura

 
 

Muitas vezes a pessoa fica magoada e amargurada com alguém, e até com a vida, e não sabe.

Isso porque, muitas vezes, nos sentimos com a obrigação de negarmos para nós mesmos tal realidade em nossa na alma. Sim. Especialmente as pessoas mais bondosas, e que foram abusadas, se ficam magoadas ou amarguradas, tendem a negar tal sentimento, ainda que ele, pelo peso das opressões sofridas pela pessoa que sofre essa dor, seja totalmente explicável.

Já os que apenas dizem: “Eu estou magoado sim!” — em geral sofrem menos, e têm mais chance de cura; pois, tudo o que se manifesta é luz.

Há grande poder de cura no discernimento e na confissão!

Entretanto, os que guardam sob o manto da piedade o fato de estarem amargurados e magoados, em geral, vão adoecendo de amargura pelo silencio de tais admissões e confissões.

Você sabe que tem amargura e mágoa no coração quando ouve o nome de certa pessoa e perde o senso de proporção na sua reação em relação à questão a tal pessoa vinculada. Ou, então, tem amargura e mágoa no coração quando fica sabendo acerca de alguma coisa que um dia, de outro modo, já magoou a você, e, por conta disso, perde totalmente o foco do hoje na questão, e responde a ela baseado na sua acumulação de dores relacionadas à coisa em questão.

Casais podem saber se estão magoados e amargurados um com o outro quando iniciam uma conversa sobre certo tema, e, aquilo vai crescendo sempre baseado no fato de que a pessoa magoada evoca coisas de ontem ou de muitos ontens atrás, a fim de tratar a coisa de agora.

Então, tudo vira conversa de derrame de lixo guardado!

A mágoa é uma hipersensibilidade emocional relacionada a um tema ou pessoa que um dia nos machucou. É como uma roncha roxa na alma. É uma machucadura emocional, e que deixa o lugar-tópico super-doído. Tocou, dói.

A amargura, por conseguinte, ainda que seja quase a mesma coisa, é mais profunda, posto que é mais dinâmica. A mágoa é passiva. Mas a amargura é ativa, e cresce por si mesma, e deita raízes, e se expande, sempre agregando novos elementos de justificativa da amargura a ela própria.

A mágoa é fruto de trauma. Já amargura é filha do trauma que se tornou um filete de raiva ou até mesmo de ódio.

Nem todo aquele que magoa alguém será visto como inimigo de tal pessoa. Mas aquele que amargura alguém, esse com certeza será tratado como um inimigo; e receberá todos os ataques da milícia emocional do amargurado; o qual viverá dedicando muito de sua energia à vingança, ou, no mínimo, à vitória sobre o outro.

A amargura é venenosa e cresce como um câncer.
Ela cresce se não for combatida de frente. E não cessará de crescer até que destrua o outro e com ele não destrua a si mesma. A amargura não convertida em arrependimento pela Graça, não cessa nem quando destrói o objeto da dela, posto que ela se torna um estado na alma do amargurado.

O escritor de Hebreus nos diz que uma raiz de amargura pode contaminar todos os vínculos à nossa volta.

A amargura de um pode se tornar um espírito em muitos.

Ande com o amargurado sem percebê-lo como tal, e você se tornará sutilmente como ele.

Por esta razão, quando um casal fica amargurado um com o outro, dificilmente haverá cura, a menos que surja uma grande e profunda consciência do Evangelho entre eles.

Como diz o provérbio bíblico, tem-se que parar com tal processo antes que ele se torne numa rixa. Pois, quando vira rixa, o sentimento contencioso, fruto da amargura, não cessará até que algum se arrebente.

A amargura é um sentimento psicologicamente suicida, em relação a quem o vive; e é homicida, em relação a quem se pratica o sentimento como arma e vingança.

Assim, observe os sintomas.

E mais...

Fique livre disso enquanto você está a caminho com a pessoa...— conforme Jesus ensinou (Mt 5). Pois, depois, você pode ficar preso no cárcere espiritual que a amargura cria para o amargurado.

Tudo isso é apenas para que façamos hoje o exercício de verificação do estado do nosso próprio coração, a fim de que possamos viver em paz, e sem adubarmos um câncer em nossas próprias almas.

Nele, que é a Verdade,

por Cáio Fábio

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