Texto:
“Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra
cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre” (Dt 8.9).
Introdução: A prosperidade é uma
dádiva de Deus para os seus filhos, como vemos em 3 Jo 2, que diz:
“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim
como é próspera a tua alma”, porém, muitos recebem a prosperidade e
perdem a integridade, por quebra de princípios, ao andarem por caminhos
não contidos na Palavra de Deus, que afrontam a santidade de Deus.
Quais são os perigos da prosperidade?
1 – Esquecimento – “Guarda-te não te
esqueças do Senhor, teu Deus” (v.11a).
A tendência de muitos ao verem o favor do Senhor é se esquecerem do seu
amor, cuidado e misericórdia e entram na auto-suficiência.
2 – Desobediência – “não cumprindo
os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te
ordeno” (v.11b).
Veja o que diz 2 Sm 15.22,23, quando Saul foi rejeitado pelo Senhor para
ser rei – “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis
que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que
a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria,
e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que
rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que
não sejas rei”.
3 – Auto-Indulgência – “para não
suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres
edificado boas casas e morado nelas; depois de se multiplicarem os teus
gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser
abundante tudo quanto tens” (VS.12,13).
É necessário guardar o coração, pois a tendência do ser humano é andar
pelos seus próprios caminhos e ainda ter uma justificativa para os seus
atos. Significa uma tolerância, indulto para com os seus próprios erros,
onde o que importa é o enriquecimento, às vezes até mentindo, sonegando
impostos e outras práticas lesivas à santidade e obediência a Deus.
4 – Orgulho – “se eleve o teu
coração, e te esqueças do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do
Egito, da casa da servidão” (v.14).
O orgulho entra sorrateiramente trazendo uma falsa segurança, uma falsa
estabilidade e fazendo com que o coração saia da dependência e comunhão
com Deus e firme no que é transitório. Veja o que diz o Ap. Pedro: “Deus
se opõe aos orgulhosos; mas concede graça aos humildes” (1 Pedro 5.5b
NVI).
5 – Segurança Carnal – “Não digas,
pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram
estas riquezas” (v.17).
O Senhor ordena: jamais diga que foi a suficiência humana, o braço, ou a
força, ou a inteligência, ou sabedoria humana, que trouxe a
prosperidade, a conquista, pois nenhuma porta ou oportunidade acontece
se não for através das mãos do nosso Pai.
Conclusão: “Antes, te lembrarás do
SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires
riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a
teus pais, como hoje se vê” (v.18).
O alerta que o Senhor nos traz em sua Palavra é que Ele tem conosco uma
aliança de prosperidade e riquezas, porém é dentro dos termos
estabelecidos por Ele.
O nosso grande desafio não é ser próspero, porque vem através da aliança
do Senhor conosco, porém vejo que o desafio é manter a prosperidade. Por
isso, é muito importante a observância dos preceitos acima, contidos na
Palavra de Deus.