Todos, seria a resposta mais
correta, porque a Palavra de
Deus diz em I João 1:8-10: “Se
dissermos que não temos
pecado, enganamo-nos a nós
mesmos, e não há verdade em
nós. Se confessarmos os
nossos pecados ele é fiel e
justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de
toda injustiça. Se dissermos
que não pecamos, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra
não está em nós.” E
completa em I João 3:8-9 “
Quem
comete o pecado é do diabo,
porque o diabo peca desde o
princípio. Para isto o Filho
de Deus se manifestou: para
desfazer as obras do diabo.
Qualquer que é nascido de
Deus não comete pecado,
porque a sua semente
permanece nele e não pode
pecar porque é nascido de
Deus”
Se partirmos do princípio de
que todo homem à partir da
queda original carrega a
natureza adâmica, por isso é
propenso ao mal, já seria o
suficiente para dizer que
ele necessita ser liberto,
porque o pecado nos traz
cativos ao diabo.
Existem três níveis de
libertação:
1. Libertação do nosso
espírito no momento em que
nascemos de novo (só feita
pelo Espírito Santo) – ver
Efésios 2:1-3 e João 3:6
2. Libertação da alma – ver
Hebreus 12;1 e I Coríntios
10:4-5
3. Libertação de enfermidade
física – ver Lucas 13:10-17
O Pr. Alcione Emerich, em
seu livro “Maldições, o que
a Bíblia diz a respeito”
traz um esclarecimento muito
interessante, que vale à
pena comentar:
“A cruz é o centro de tudo.
Também nela, Cristo levou
todas as maldições:“Cristo
nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar,
porque está escrito: "Maldito
todo aquele que for
pendurado em madeiro".(Gálatas
3:13). Se o texto em apreço
está claro, quando diz que
Cristo se fez maldição em
nosso lugar, porque tratamos
do tema: “quebra de
maldições”? Para responder a
esta pergunta, temos que
considerar que há duas
formas através das quais as
pessoas concebem a cruz de
Cristo.
. Um primeiro grupo tem
uma visão imediatista:
aceita que a obra de Cristo
na cruz é plena e
suficiente, e que, assim que
o ímpio se entrega a Cristo,
automaticamente passa a
experimentar por completo
toda a provisão do Calvário.
Este grupo aceita que todo o
conteúdo e todas as
promessas da cruz são
automaticamente imputados
sobre o crente no momento da
conversão.
. Um outro grupo tem a
visão apropriativa
(processual): Este grupo
também aceita que toda a
obra do Calvário é plena e
suficiente, mas descrê sobre
o fato de que o crente no
momento em que aceitou a
Cristo passe a experimentar
concretamente toda provisão
e promessas contidas na
cruz. Crê que no momento da
conversão o neoconverso
passa a experimentar a
provisão de Cristo na cruz,
mas não de forma plena. O
estudo da Palavra e a
apropriação das promessas
serão fundamentais no
processo de experimentação
da obra vicária de Cristo.
Eu particularmente, tenho
seguido a “visão
apropriativa da cruz”. Os
pecados da humanidade já
foram levados para a cruz,
mas o homem precisa
apropriar-se disso
(confessando) para ser
perdoado. Nossas
enfermidades já foram
levadas na cruz, mas
precisamos nos apropriar
disso. Da mesma forma as
maldições. Cristo já as
levou na cruz e necessitamos
nos apropriar disso. Essa
tomada de posse é chamada
por Derek Prince de
“transitar do legal para o
experimental”. O fato é que
muitos crentes estão na mais
completa ignorância quanto
ao que Cristo fez por eles
na cruz. Cristo levou seus
pecados, mas vivem solapados
pela culpa. Já levou suas
enfermidades, e seus corpos
estão sendo constantemente
assediados por doenças
diversas. No que tange à
maldição, a mesma coisa. O
profeta disse: Portanto, o
meu povo será levado cativo,
por falta de entendimento
(Isaias 5:13). Prince diz
ainda: “Se nós permanecermos
ignorantes, será nosso o
custo. Perderemos muito de
toda a provisão que Deus nos
oferece através do
sacrifício da morte de Jesus
na cruz”. A ignorância nos
fará pagar um alto preço, já
que Deus nos faz
responsáveis por tudo aquilo
que deixou escrito em sua
Palavra. Quantas vezes o
diabo tem nos impedido de
enxergarmos as promessas de
Deus para nós, e passamos a
viver como miseráveis! O
apóstolo Paulo escreveu: “Bendito
o Deus Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos
lugares celestiais em Cristo”.(Efésios
1:3). O texto está claro:
Deus nos abençoou com todas
as bênçãos. Fico a pensar se
pelo menos uma boa parte dos
crentes espalhados pelo
mundo tem ao menos 50%
dessas bênçãos. É bem
provável que não. Mas, qual
é o problema? O problema é
que o apóstolo diz que as
bênçãos estão nos lugares
celestiais. É necessário que
aprendamos meios eficazes
dentro da Palavra de Deus,
para transportarmos o que é
nosso dos lugares celestiais
para o mundo material. A
confissão apropriativa é com
certeza um das formas que
Deus providenciou para isso,
para experimentarmos em
nossa vida os benefícios que
foram alcançados para nós. O
reformador francês, João
Calvino, parece ter a mesma
opinião quanto à necessidade
da apropriação das
promessas: “Já salientei que
Cristo não deixou inacabada
nenhuma parte da obra da
nossa salvação; mas não
devemos inferir disso que já
possuímos todos os
benefícios obtidos por ele
para nós, pois... com
verdade: “...
em esperança, somos salvos"
(Rm 8:32), “ ainda não se
manifestou o que haveremos
de ser” (I João 3:2). Nesta
vida atual desfrutamos de
Cristo à medida em que o
abracemos por meio das
promessas.”
O Pr. Alcione completa: Que
fique claro o fato de que a
boa obra de Cristo na cruz é
plena, suficiente e nada
pode ser acrescentado; mas,
de igual forma, o crente
deve ter ciência de que pela
importância e crucialidade
dessa obra, o diabo fará de
tudo para que o cristão não
enxergue e muito menos
desfrute com profundidade
aquilo a que tem por
direito.
Crente pode
ficar
endemoninhado?
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