ESTUDOS SOBRE ORAÇÃO E JEJUM
- Parte 1
A personalidade dos
indivíduos é formada nos
primeiros anos de vida. E a
família exerce uma grande
influência nessa formação.
Até mesmo a nossa abordagem
à oração é influenciada pela
imagem que temos dos nossos
pais. Uma pessoa pode ter
sido emocionalmente
manipulada por um dos pais
contra o outro, ter sido
mimada ou ter recebido o
sentimento de ser um tanto
“diferente” das outras
pessoas. Há muitas maneiras
pelas quais nossas emoções
podem ser distorcidas,
impedindo-nos de ver a vida
com clareza. Essas
influências afetam a nossa
atitude diante da oração
porque oração antes de tudo
é relacionamento. Por
causa disso, precisamos
passar por um longo processo
de retificação de nossas
atitudes danificadas.
Muitos têm a impressão de
que a oração é apenas um
outro “algo” que fazemos,
sendo tratada da mesma
maneira como são tratadas as
demais atividades do
dia-a-dia. Quando isso
ocorre, a oração torna-se
uma finalidade em si mesma,
e perdemos de vista o
relacionamento que queríamos
ter com Deus.
A idéia de oração como uma
técnica que realizamos
desmorona-se quando
examinamos certas orações na
Bíblia. Em uma das
parábolas, Jesus contou a
história de dois homens que
foram orar no templo. Um
deles, fariseu, era bem
versado na linguagem
religiosa e no ritual, mas
seu coração estava afastado
de Deus. O outro homem era
um cobrador de impostos
muito desprezado, sem
qualquer sofisticação
religiosa, mas dotado de um
forte sentimento de sua
própria culpa diante de
Deus. Este simplesmente
murmurava: “Deus, tem
misericórdia de mim,
pecador”. Jesus disse,
entretanto: “Digo-vos que
este desceu justificado para
sua casa, e não aquele”
(Lucas 18.14). Fica
claro, pois, que a oração é
mais uma postura e atitude
diante de Deus do que uma
maneira certa de fazer ou de
dizer as coisas.
Hábitos são importantes na
edificação do caráter. Mas
quando se tornam impensados
e automáticos, podem exercer
um efeito amortecedor sobre
nossas vidas. A verdadeira
comunicação com Deus envolve
mais do que proferir
palavras. Envolve dar e
receber de ambas as partes,
para que elas se sintonizem
uma à outra. Aqueles que são
insensíveis para com a
necessidade de sintonia com
outras pessoas são chamados
de “tagarelas” – sem se
importar com quem estão
falando, estão simplesmente
falando. E por causa da
insensibilidade com o
próximo, nenhuma comunicação
verdadeira tem lugar. A
verdadeira oração trabalha
exatamente da mesma maneira.
É alarmantemente fácil para
a oração tornar-se uma
espécie de artifício
“mágico”, usado para
obtermos aquilo que
desejamos. Mas ainda que as
pessoas que oram assim
estejam sendo sinceras, será
que essa é uma maneira de se
conhecer a Deus mais
intimamente? No Ocidente,
saúde e riquezas são
obsessões modernas. Outra
tendência, portanto, é supor
que Deus quer que tenhamos
esses bens. Julgamos ter
todo o direito de pedir por
eles, e assim a oração é
introduzida para fazer a
“mágica” atuar em nosso
favor.
A “mágica” também entra
quando as pessoas usam a
oração para evitarem suas
responsabilidades. Uma
pessoa pede à outra uma
verdadeira ajuda, mas a
resposta que ela obtém é
algo como: “Bem, terei de
orar a respeito disso”. A
resposta soa impressionante,
mas pode mascarar um certo
número de abusos em oração.
Estarei simplesmente
evitando algo que eu não
quero fazer?
A oração não é como
simpatia, amuleto, palavra
ou fórmula mágica. Ela é
fruto do relacionamento com
Deus; é o resultado da
intimidade de duas pessoas:
VOCÊ E DEUS !
Em Mateus 4.1-11, Jesus está
no deserto jejuando e orando
por quarenta dias antes do
início do seu ministério se
tornar público e famoso. O
Espírito o levou ali para
ser tentado, e isto nos leva
a pensar que só podemos
vencer a tentação e qualquer
provação através da oração.
Vigilância e oração nos
manterão ligados ao Deus que
tudo pode, produzindo
intimidade com Ele,
resultando em vitória sobre
a tentação e aprovação nas
provas – (Mt. 26.41).
A palavra de Deus nos
mostra, em diferentes
passagens, o poder da
oração. Além da sua
importância como instrumento
de contato entre nós e Deus,
a oração é também uma arma
do cristão na guerra
espiritual. Em II
Crônicas vemos um exemplo de
resposta de oração. Salomão
havia, no capítulo 6, pedido
ao Senhor que viesse ao
templo que ele construíra,
trazendo sua glória. A
resposta a essa oração está
no capítulo 7. O verso um
diz: "Tendo Salomão acabado
de orar... a glória do
Senhor encheu a casa". O
resultado disso foi que
todos adoraram a Deus, como
vemos no verso três. A
manifestação da glória de
Deus gera adoração e louvor.
Salomão sabia que não havia
espaço físico que pudesse
conter a glória de Deus.
Hoje essa glória se
manifesta em nossas vidas,
devemos gerar adoração e
louvor. .
Deus deseja que a nossa vida
seja um lugar de adoração,
um lugar onde Sua glória se
manifeste. A glória do
Senhor se manifesta apenas
onde há oração. Sua vida tem
sido uma vida de oração? A
oração é uma arma
espiritual. Porém quando
pecamos precisamos primeiro
nos arrepender, cair em si,
como o Filho Pródigo, isso
em oração, e depois agir.
Deus está buscando dois
tipos de pessoas:
adoradores (João
4:23) e
intercessores
(Ezequiel 22:30). Fomos
criados para adorar, porém
agora temos também que
interceder por causa do
pecado.
Tiago nos diz que a oração
do justo pode muito em seus
efeitos. Nossa oração move o
coração de Deus. O Senhor
fala que se orarmos e nos
convertermos de nossos maus
caminhos ele ouvirá as
nossas preces.
Use essa arma poderosa que
Deus colocou em nossas mãos.
Faça da sua vida uma vida de
oração e adoração a Deus.
Na próxima parte veremos que
existem vários tipos de
oração e que é importante
você, como sacerdote, saber
que tipo de sacrifício deve
oferecer a Deus.
Pr.
Cláudio Galvão
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