PARTE 02 - OS SANTOS JUNINOS
"Não se juntem com os
descrentes para trabalharem
com eles. Como é que o certo
e o errado podem ser
companheiros? Como podem
viver juntas a luz e a
escuridão? Como podem Cristo
e o diabo estar de acordo? O
que é que um cristão e um
descrente têm em comum? Que
relação pode haver entre o
Templo de Deus e os ídolos
pagãos? Pois nós somos o
templo do Deus vivo." ( 2Co
6:14-16)
Nos dias atuais a
permissividade infelizmente
é muito bem aceita pelas
igrejas, as práticas comuns
aos que andam sob os
conselho da carne, são
adaptadas e cristianizadas.
Já é possível encontrar-se
igrejas "evangélicas"
montando "arraiais juninos",
"quadrilhas" e outras
manifestações comuns ao
catolicismo. Cegos!
O tema está divido em
três etapas:
1 -
Festas
Juninas
2 - Santos Juninos
3 -
Danças
Juninas
2- SANTOS JUNINOS
Os três Santos Principais:
Sto Antonio, São João e São
Pedro
História e Lendas Católica
sobre estes santos.
Santo Antônio
Festejado no dia 13 de
junho, Santo Antônio é um
dos santos de maior devoção
popular tanto no Brasil como
em Portugal. Fernando de
Bulhões nasceu em Lisboa em
15 de agosto de 1195 e
faleceu em Pádua, na Itália,
em 13 de junho de 1231.
Recebeu o nome de Antônio ao
passar, em 1220, da Ordem de
Santo Agostinho para a Ordem
de São Francisco e é
conhecido como Santo Antônio
de Lisboa ou Santo Antônio
de Pádua.
Santo Antônio era admirado
por seus dotes de ótimo
orador, pois quando pregava
a palavra de Deus ela era
entendida até mesmo por
estrangeiros. É por assim
dizer o "santo dos
milagres", como afirmou o
padre Antônio Vieira em um
sermão de 1663 realizado no
Maranhão: "Se vos adoece o
filho, Santo Antônio; se vos
foge um escravo, Santo
Antônio; se requereis o
despacho, Santo Antônio; se
aguardais a sentença, Santo
Antônio; se perdeis a menor
miudeza de vossa casa, Santo
Antônio; e, talvez se
quereis os bens alheios,
Santo Antônio".
É o santo familiar e
protetor dos varejistas em
geral, por isso é comum
encontrar sua figura em
estabelecimentos comerciais.
É também o padroeiro das
povoações e dos soldados,
pois enfrentou em vida
aventuras guerreiras como
soldado português.
Sua influência é marcante
entre o povo brasileiro.
Seus devotos, em geral, não
têm em casa uma imagem
grande do santo e preferem
levar no bolso uma pequena
para se proteger. É a ele
que as moças ansiosas pedem
um noivo. A prática de
colocar o santo de cabeça
para baixo no sereno,
amarrada num esteio, ou de
jogá-lo no fundo do poço até
que o pedido seja atendido,
por exemplo, é bastante
comum entre os devotos.
Em homenagem a Santo
Antônio, geralmente
realizam-se duas espécies de
rezas e festas: os
responsos, quando ele é
invocado para achar objetos
perdidos, e a trezena,
cerimônia que se prolonga
com cânticos, foguetório e
comes e bebes de 1 a 13 de
junho de cada ano.
O relacionamento entre os
devotos e os santos juninos,
principalmente Santo Antônio
e São João, é quase
familiar: cheio de
intimidades, chega a ser,
por vezes, irreverente,
debochado e quase obsceno.
Esse caráter fica bastante
evidente quando se entra em
contato com as simpatias,
sortes, adivinhas e
acalantos feitos a esses
santos. Os objetos
utilizados nas simpatias e
adivinhações devem ser
virgens, ou seja, estar
sendo usados pela primeira
vez, senão… nada de a
simpatia funcionar!
Nos primeiros treze dias de
junho, os devotos de Santo
Antônio rezam as trezenas
com o intuito de alcançar
graças através da sua
intervenção ou de agradecer
um milagre que o santo tenha
realizado.
São João
João Batista, primo de Jesus
Cristo, nasceu no dia 24 de
junho, alguns anos antes de
seu primo Jesus Cristo, e
morreu em 29 de agosto do
ano 31 d.C., na Palestina.
Foi degolado por ordem de
Herodes Antipas a pedido de
sua enteada Salomé, pois a
pregação do filho de Santa
Isabel e São Zacarias
incomodava a moral da época.
Antes mesmo de Jesus, João
Batista já pregava
publicamente às margens do
Rio Jordão. Ele instituiu,
pela prática de purificação
através da imersão na água,
o batismo, tendo inclusive
batizado o próprio Cristo
nas águas desse rio.
São João ocupa papel de
destaque nas festas, pois,
dentre os santos de junho,
foi ele que deu ao mês o seu
nome (mês de São João) e é
em sua homenagem que se
chamam "joaninas" as festas
realizadas no decurso dos
seus trinta dias. O dia 23
de junho, véspera do
nascimento de São João e
início dos festejos, é
esperado com especial
ansiedade. Segundo Frei
Vicente do Salvador, um dos
primeiros brasileiros a
escrever a história de sua
terra, já no ano de 1603 os
índios acudiam a todos os
festejos portugueses, em
especial os de São João, por
causa das fogueiras e
capelas.
São João é muito querido por
todos, sem distinção de sexo
nem de idade. Moças, velhas,
crianças e homens o fazem de
oráculo nas adivinhações e
festejam o seu dia com fogos
de artifício, tiros e balões
coloridos, além dos banhos
coletivos de madrugada.
Acende-se uma fogueira à
porta de cada casa para
lembrar a fogueira que Santa
Isabel acendeu para avisar
Nossa Senhora do nascimento
do seu filho.
São João, segundo a
tradição, adormece no seu
dia, pois se estivesse
acordado vendo as fogueiras
que são acesas para
homenageá-lo não resistiria:
desceria à Terra e ela
correria o risco de
incendiar-se.
A Lenda do surgimento da
fogueira: Dizem que Santa
Isabel era muito amiga de
Nossa Senhora e, por isso,
costumavam visitar-se. Uma
tarde, Santa Isabel foi à
casa de Nossa Senhora e
aproveitou para contar-lhe
que dentro de algum tempo
nasceria seu filho, que se
chamaria João Batista.
Nossa Senhora então
perguntou:
__ Como poderei saber do
nascimento dessa criança?
__ Vou acender uma fogueira
bem grande; assim você
poderá vê-la de longe e
saberá que João nasceu.
Mandarei também erguer um
mastro com uma boneca sobre
ele.
Santa Isabel cumpriu a
promessa. Certo dia Nossa
Senhora viu ao longe uma
fumaceira e depois umas
chamas bem vermelhas. Foi à
casa de Isabel e encontrou o
menino João Batista, que
mais tarde seria um dos
santos mais importantes da
religião católica. Isso se
deu no dia 24 de junho.
A Lenda das bombas de São
João: Antes de São João
nascer, seu pai, São
Zacarias, andava muito
triste por não ter filhos.
Certa vez, um anjo de asas
coloridas, envolto em uma
luz misteriosa, apareceu à
frente de Zacarias e
anunciou que ele seria pai.
A alegria de Zacarias foi
tão grande que ele perdeu a
voz desse momento em diante.
No dia do nascimento do
filho, perguntaram a
Zacarias como a criança se
chamaria. Fazendo um grande
esforço, ele respondeu
"João" e a partir daí
recuperou a voz. Todos
fizeram um barulhão enorme.
Eram vivas para todos os
lados.
Vem daí o costume de as
bombinhas, tão apreciadas
pelas crianças, fazerem
parte dos festejos juninos
A festa de São João: Em
festa de São João, na
maioria das regiões
brasileiras, não faltam
fogos de artifício,
fogueira, muita comida (o
bolo de São João,
principalmente nos bairros
rurais, é essencial), bebida
e danças típicas de cada
localidade.
No Nordeste, por exemplo,
essa festa é tão tradicional
que no dia 23 de junho,
depois do meio-dia, em
algumas localidades ninguém
mais trabalha. Enfeitam-se
sítios, fazendas e ruas com
bandeirolas coloridas para a
grande festa da véspera de
São João. Prepara-se a lenha
para a grande fogueira, onde
serão assados batata-doce,
mandioca, cebola do reino e
milho. Em torno dela
sentam-se os familiares de
sangue e de fogueira.
O formato da fogueira varia
de lugar para lugar: pode
ser quadrada, piramidal,
empilhada… Quanto mais alta,
maior é o prestígio de quem
a armou. Os balões levam,
segundo os devotos, os
pedidos para o santo. Quando
a fogueira começa a queimar,
o mastro, que recebeu a
bandeira do santo
homenageado, já se encontra
preparado. Ele é levantado
enquanto se fazem preces,
pedidos e simpatias.
Depois do levantamento do
mastro, tem início a queima
de fogos, soltam-se os
busca-pés e as bombinhas. A
arvorezinha, também chamada
de mastro, que é plantada em
frente às casas e, no lugar
da festa, é plantada perto
da fogueira, está enfeitada
com laranja, milho verde,
coco, presentes, garrafas,
etc.
A cerimônia do banho varia
de uma região para outra. No
Mato Grosso, por exemplo,
não são as pessoas que se
banham nos rios, e sim a
imagem do santo. Na Região
Norte, principalmente em
Belém e Manaus, o
banho-de-cheiro faz parte
das tradições juninas. A
preparação do banho de São
João inicia-se alguns dias
antes da festa. Trevos,
ervas e cipós são pisados,
raízes e paus são ralados
dentro de uma bacia ou cuia
com água e depois guardados
em garrafas até o momento do
banho. Chegada a hora da
cerimônia, os devotos lavam
e esfregam o corpo com esses
ingredientes. Acredita-se
que o banho-de-cheiro tenha
o poder mágico de trazer
muita felicidade às pessoas
que o praticam.
As danças regionais, o som
de violas, rabecas e
sanfonas, o banho do santo,
o ato de pular a fogueira, a
fartura de alimentos e
bebidas - tudo isso
transforma a festa de São
João numa noite de
encantamento que inspira
amores e indica a sorte de
seus participantes. No fim
da festa, todos pisam as
brasas da fogueira para
demonstrar sua devoção.
São Pedro
São Pedro, o apóstolo e o
pescador do lago de
Genezareth, cativa seus
devotos pela história
pessoal. Homem de origem
humilde, ele foi apóstolo de
Cristo e depois encarregado
de fundar a Igreja Católica,
tendo sido seu primeiro
papa.
Considerado o protetor das
viúvas e dos pescadores, São
Pedro é festejado no dia 29
de junho com a realização de
grandes procissões marítimas
em várias cidades do Brasil.
Em terra, os fogos e o
pau-de-sebo são as
principais atrações de sua
festa.
Depois de sua morte, São
Pedro, segundo a tradição
católica, foi nomeado
chaveiro do céu. Assim, para
entrar no céu, é necessário
que São Pedro abra as
portas. Também lhe é
atribuída a responsabilidade
de fazer chover. Quando
começa a trovejar, e as
crianças choram com medo, é
costume acalmá-las dizendo:
"É a barriga de São Pedro
que está roncando" ou "ele
está mudando os móveis de
lugar".
No dia de São Pedro, todos
os que receberam seu nome
devem acender fogueiras na
porta de suas casas. Além
disso, se alguém amarrar uma
fita no braço de alguém
chamado Pedro, ele tem a
obrigação de dar um presente
ou pagar uma bebida àquele
que o amarrou, em homenagem
ao santo.
A festa de São Pedro: Em
homenagem ao santo,
acendem-se fogueiras,
erguem-se mastros com sua
bandeira e queimam-se fogos,
porém não há na noite de 29
de junho a mesma empolgação
presente na festa de São
João.
Também se fazem procissões
terrestres, organizadas
pelas viúvas, e fluviais,
pois, como vimos, São Pedro
é o protetor dos pescadores
e das viúvas. Em várias
regiões do Brasil, a
brincadeira mais comum na
festa é a do pau-de-sebo.
Embora São Paulo também seja
homenageado em 29 de junho,
ele não é figura de destaque
nas festividades desse mês.
Fonte de
Pesquisa:
www.festajuninas.com.br
Transcrição do site
vivos.com.br
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