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NÚCLEO DE APOIO CRISTÃO

 

E.B.D.

O Pentateuco e seu Significado

 
 

 Manual para adoração de Deus

Texto Bíblico: Salmos 19; 112;103;119.17-24,73-80,137-144;Isaías 28.1-13
Texto Básico: Salmo 119.17-24,73-80,137-144
 

Texto áureo: Salmo 103.17,18

O Pentateuco foi, para Israel, como sua Constituição, cuja amplitude abarcava desde as simples relações interpessoais até os intricados assuntos de direito, as cerimônias e ritos religiosos. Quando o povo se apegava às “instruções” de Moisés, havia paz, e sua marcha em direção à terra prometida era exitosa. Quando se afastavam da “doutrina”, sua caminhada se tornava áspera e improdutiva. Ao ser interrogado por alguém sobre o que era necessário para se alcançar a vida eterna, Jesus respondeu: ”Sabes os mandamentos? (Mc 10.19). Se bem é certo que Jesus estava apontando aqui para a necessidade de uma visão menos utilitarista da Lei, a chamada de atenção para ela indicava o quanto estava a lei presente, ainda, na vida do povo.

BASES PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

(Sl 19)

Se afirmarmos que “uma atenção séria e reverente à Escritura é essencial para o crescimento e a saúde espiritual, e essencial a qualquer tentativa de educação cristã”, podemos entender bem o pensamento do salmista Davi, registrado no Salmo 19.7-11, sobre o valor da Palavra de Deus. A Palavra de Deus é identificada por seis títulos: lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor e juízos. Em conjunto, estes termos demonstram o propósito prático da revelação: aplicar a vontade de Deus ao ouvinte, suscitando reverência inteligente, confiança bem fundamentada e obediência pormenorizada.
Para o salmista, a Palavra de Deus é estimada como o mais alto valor a ser adotado e o mais precioso bem a ser buscado. São nove os adjetivos com os quais o autor descreve a Palavra de Deus. Para coroar sua descrição, afirma no versículo 10: “São mais desejáveis que o ouro puro... mais doces do que o mel, e o destilar dos favos”. Esta última frase faz pensar em um mel puro, sem que haja sofrido qualquer espécie de manipulação ou adulteração.
Quanto aos efeitos que o autor do salmo reconhece produzir a Escritura Sagrada na vida do servo de Deus, eles são expressos pelos verbos; restaurar, dar sabedoria, alegrar, iluminar. Por ser ela a expressão da sublime e perfeita vontade de Deus, a Escritura pode conduzir-nos no caminho reto e corretamente.

BASES PARA A ADORAÇÃO

(Sl 119.17-24)

O salmista inicia este bloco pedindo a Deus o entendimento de sua Palavra. O mais sábio dos homens, assim como o mais indouto, tem razão para adotar a súplica que faz o salmista nesse texto. Como adorador, o salmista está certo de que só na Lei do Senhor (Torah/Pentateuco) encontrará a orientação para uma vida de santidade diante de Jeová e os requisitos cerimoniais que ajustem a sua expressão litúrgica às sublimes exigências do Senhor. Davi possuía um conceito claro, pessoal e prático de adoração e nós também precisamos buscar formular nosso conceito pessoal de adoração se quisermos ir além da prática de sermos meros repetidores de expressões e formas de adoração alheias.
O risco, ao assumirmos como agradável a Deus aquilo que nos agrada, ou que tem sido adotado pela maioria (tradição?) como apropriado para o culto, é o de estarmos até mesmo “invalidando a Palavra de Deus” como os fariseus (Mc 7.1-13). Para fugir a tão trágica situação, o salmista suplica: “Desvenda os meus olhos, pra que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). Nossos sentimentos, nossos costumes e tradições, nossa vaidade e desejo de sermos “adoradores modernos” podem impedir-nos de ter uma clara visão da vontade de Deus revelada em sua Palavra. Somente na unção do Espírito Santo (Jô 14.26; 16.13-4) poderemos oferecer a Deus a glória que lhe é devida, da maneira que lhe agrade.

BASES PARA A VITÓRIA NAS CRISES

(Sl 119.73-80)

Outro aspecto interessante das qualidades que o salmista vê na Palavra de Deus é que ela serve de base para a nossa comunhão uns com os outros. O livro de Atos registra que “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44). O que os mantinha juntos era a fé declarada na Palavra de Deus que haviam ouvido na exposição do apóstolo. Podemos ver nessa narrativa de Atos, “o quadro dum (sic) alegre e unido grupo de judeus cristãos, participando fraternalmente da doutrina, da camaradagem, do partir do pão e das orações”. Nos ásperos tempos de crise e perseguição, foi a fidelidade a Deus e a comunhão em torno da Palavra que permitiram que a igreja prosseguisse vitoriosa em sua missão.
O salmista ensina que, quando passamos os momentos mais angustiantes de nossa vida, a Palavra de Deus nos consola (v.76), pois ela nos faz ver as tribulações pelas quais passamos como atos da justiça de Deus sempre dosados por sua fidelidade e misericórdia para conosco (v.75-77; Lm3.22,23). Assim ele deseja “um coração irrepreensível” para não ser envergonhado (achado em falta) diante daqueles que, falsamente, o acusavam (v.80; Mt 5.11,12; 1Pe 4.12-19).

BASES DE SABEDORIA

(Sl 119.137-144)

Podemos admitir que o salmista era jovem (v.9,99,100) e tímido (v.141). A sua pouca idade e a timidez, aliadas à sua preocupação com a retidão moral e espiritual, provavelmente faziam dele alvo de zombaria de seus companheiros e, quem sabe, até dos mais idosos (v.98-101,139). Mas ele continua firme na convicção de que a verdadeira sabedoria, aquela que faz sábio para este mundo e para a eternidade, só pode ser encontrada na Palavra de Deus. Admitimos que o salmista enfrentava a mesma manifestação de rebeldia contra a qual pregava Paulo (Rm 1.29-32) e que nos afronta e amedronta, hoje, a todos quantos desejamos viver de maneira agradável a Deus.
Quem de nós não se sente aviltado quando o mal prevalece assustadoramente, quando milhares de vidas são ceifadas por crimes violentos que vão desde o aborto silencioso até os massacres de multidões por organizações terroristas ou tropas governamentais? Quem não se sente aviltado ao ver a fome e a miséria fazendo suas vítimas desde os rincões dos mais pobres países do continente africano até as favelas das periferias nas grandes metrópoles dos países mais desenvolvidos? Quem não se sente aviltado diante da imoralidade que grassa desde os cantos mais iluminados de nossos bairros até os luxuosos hotéis e palácios freqüentados pelas elites de nossa sociedade? Quem não se considera aviltado com leis que “institucionalizam” a prostituição, homossexualidade, a vende e o consumo de drogas, concomitantes com altos investimentos para o controle de enfermidades causadas pela mesma promiscuidade por tais leis institucionalizada?


APLICAÇÕES PARA A VIDA

1. A palavra de Deus é, pois de inestimável valor quando aplicada à vida. Por meio dela Deus nos dá o padrão e os recursos para o devido crescimento espiritual, de modo a fazermos “diante dele o que lhe é agradável” (1Jo 3.22; 2Co 5.9; Ef 5.10).


2. O servo de Jesus Cristo há de esperar perseguições (Mt 5.10-12; 10.16-39: Jô 16.33; 1Pe 3.13-17; 4.12-19). Os discípulos foram perseguidos, presos, espancados, espoliados, exilados e mesmo mortos, somente pelo fato de proclamarem sua fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Salvador e Senhor (At 4.1-3; 5.17,18,33,40-41; 6.8-15; 7.54-60; 8.3; 9.22-25; 22.24; 2Co 11.23-27,32,33). Que esperemos firmemente na misericórdia do Senhor, se tempos difíceis nos vêm em função de nossa fé, Jesus nos promete que o vencedor se alimentará “da árvore da vida”, receberá “a coroa da vida”, comerá “do maná escondido”, receberá “autoridade sobre as nações” e receberá “a estrela da manhã”, “vestido de vestiduras brancas”, coluna no santuário do meu Deus “, sentar-se-á ”comigo no meu trono” (Ap 2.7,10,17,26-28; 3.5,12,21)

 
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