Crianças estão trocando a
Bíblia por Harry Potter,
Senhor dos Anéis, Xuxa e
outras iguarias do mal
Enquanto
a igreja se preocupa com o
avivamento, crianças de
famílias evangélicas estão o
trocando a Bíblia por Harry
Potter, Senhor dos Anéis,
Xuxa e outras iguarias do
mal. Para mim, incidentes
como estes só têm uma causa:
pais omissos.
"Eu acreditava no que me
ensinavam na escola
dominical... mas, os livros
de Harry Potter me mostraram
que a mágica é real... e que
a Bíblia nada mais é que um
livro de mentiras chatas"
(Ashley Daniels, 9 anos,
site eucreio.com)
Daniels acha que foi
enganado!!! Ele agora tem
dúvidas a respeito do que
lhe fora ensinado em sua
comunidade religiosa. Aliás,
Daniels é profundamente
taxativo afirmando que a
Bíblia é um livro de
mentiras chatas.
Verdadeiramente, um horror,
não acha? Mas, o que leva
uma criança a trocar a
Bíblia por Harry Potter e
por tantas outras figuras
que emergem das profundezas
do inferno? Estas questões
deveriam nos incomodar...
Não é minha intenção tecer
comentários sobre o
bruxinho. Para tal, indico o
texto Oleiro Maldito do
escritor Jehozadak Pereira,
o qual se tornou uma
autoridade no assunto e que
muito tem auxiliado às
minhas pesquisas. O que
pretendo é fazer com que
líderes de igrejas e
famílias evangélicas levem
mais a sério versículos do
tipo Prov. 22:6, Ef 6:4, Cl
3:21...
O desabafo de Ashley
Daniells ainda emite ecos na
minha mente. Na verdade,
confesso que faço questão de
lembrá-lo para não cair no
surpreendente esquecimento
que muitos pais se
encontram. Não só os pais,
mas a maioria dos líderes
cristãos parece estar
hibernada em relação à vida
espiritual de seu rebanho
mirim. Gostam mesmo é de
movimentar seus salões de
cultos com programações
exóticas, cantores e
pregadores ex - alguma coisa
e raramente estão sensíveis
à necessidade espiritual dos
pequenos. Todo esse descaso,
muito me faz lembrar do
saudoso sacerdote Eli.
Eli viveu nos dias dos
juízes de Israel - leia-se
dias de gravíssima crise
política e social - pois,
naqueles dias, não havia rei
em Israel e cada um fazia o
que achava mais reto (Jz
17:25). O resultado foi uma
bagunça generalizada e ainda
por cima, havia o perigo da
invasão dos amonitas e de
outras nações vizinhas. É
neste contexto, que Eli se
destaca pela negligência do
ensino da Palavra aos
filhos.
Além de sacerdote, Eli foi
juiz por 40 anos. Teve dois
filhos, Hofni e Finéias, que
se tornaram abomináveis,
roubando as carnes dos
holocaustos e desprezando a
oferta ao Senhor. Eles não
conheciam a Deus e,
moralmente, seguiram um
caminho reprovável: Eles se
deitavam com as mulheres que
serviam à porta da tenda da
congregação (1Sm 2:22). O
pai tomava conhecimento dos
pecados dos filhos através
das informações do povo (1Sm
2:22-23), pelo próprio Deus
(1Sm 3:11) e por meio de um
profeta anônimo. Ao receber
os relatos, Eli tentou
confrontar Hofni e Finéias,
mas era tarde demais (1Sm
2:22-25).
Pelo visto, Eli preocupou-se
muito com o sacerdócio e
acabou se esquecendo do lar,
se tornando cúmplice dos
filhos, pois pecou ao
ignorar o que eles faziam.
Não deu outra: a família
caiu no julgamento de Deus.
Com certeza, a negligência
de Eli não foi proposital.
Ele não maquinou o fim de
sua família. Talvez pensasse
que, se dedicando ao
sacerdócio, seus filhos
teriam a garantia divina de
uma vida cristã saudável.
Josué Yrion, em suas
conferências sobre a Disney,
sempre narra o fato de que
seus filhos estavam se
perdendo espiritualmente,
enquanto se dedicava ao
ministério. Ele pregava para
milhares de pessoas, no
mundo inteiro e percebeu que
suas crianças estavam sem
salvação. Talvez você esteja
pensando: Que injusto da
parte de Deus permitir que
os filhos de um excelente
pregador, de um divulgador
das boas novas, continuem
perdidos. Pode até parecer
paradoxo, mas não é.
Em primeiro lugar, a
salvação é individual.
Depois, temos de ter em
mente que a responsabilidade
de tornar a salvação
conhecida aos filhos não é
de Deus. Ele a deu aos pais
quer você concorde ou não:
Vós pais, não provoqueis os
vossos filhos à ira, mas
criai-os na disciplina e
admoestação do Senhor (Ef
6:4). Josué Yrion não
abandonou o ministério, do
contrário o intensificou
dedicando horas na
evangelização dos filhos. O
crê no Senhor Jesus e será
salvo tu e a tua casa (Atos
16:31) não garante que a
geração futura irá morar no
céu. Para ser salvo, a
pessoa (e aqui abro um
parêntese parasalientar que
criança é uma pessoa)
precisa confessar a Jesus e
entregar sua vida a Ele. Os
pequenos também precisam
passar por esse processo e,
quanto mais cedo fizerem
essa decisão, mais
bem-aventurados serão.
Talvez o problema esteja em
a igreja sustentar a
inviabilidade de Cristo
entrar na vida das crianças,
justificando ser os infantos
um tanto quanto irracionais
para aceitá-Lo. Conheço
pessoas que se converteram
aos seis, cinco, até quatro
anos de idade, e que se
lembram como se fosse hoje.
O ponto chave para que isso
aconteça é a chamada idade
da razão - quando a criança
percebe a diferença entre o
bem e o mal, entende que é
pecadora e que precisa do
Salvador. Feito isso, basta
trabalhar os ensinamentos
bíblicos diariamente para
que permaneçam firmes na fé,
como aconteceu com o jovem
Timóteo (2Tim. 3:14-15).
Lembre-se que Jesus afirmou
que o adulto precisa ser
como criança para se salvar,
tornando evidente que a
infância é a fase ideal para
se decidir ao lado de Cristo
(Mt 18:3). A criança é
humilde e aceita com
facilidade a salvação que
Deus oferece. Ela é sensível
ao pecado e confia fielmente
naquilo que os pais lhe
ensinam. Enfim, a vida da
criança ainda está livre de
muitas complicações e
problemas que muitas vezes
dificultam a conversão de um
adulto. Ganhando uma criança
para Cristo, ganha-se uma
vida inteira que poderá ser
utilizada no serviço de
Deus.
Para mim, permitir que uma
criança troque a Bíblia por
Harry Potter é, no mínimo,
falta de zelo dos pais. E,
em seguida, a denúncia do
grande descaso de pastores e
líderes com as crianças que
freqüentam suas
congregações.
Meus irmãos, aqueles que
investem sua vida no
ministério infantil entendem
perfeitamente minha
preocupação e, por isso,
desafio-os a continuarem
rompendo paradigmas e
barreiras muitas vezes
impostas por condições
humanas. Nunca desistam!!!
Afinal, vocês são raridade
no Reino de Deus!
Porém, pais e líderes, que
ainda não se despertaram
para esta realidade, faço
uso das palavras de Jesus em
Mt.18:6, alertando-os que
aquele que escandalizar um
destes pequeninos que crêem
em mim, melhor seria que
pendurasse ao pescoço uma
grande pedra de moinho, e se
precipitasse na profundeza
do mar.
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