Texto: Marcos 6:1-6
Textos Complementares: Mateus 10:34-36/ 1 Coríntios 1:18/ Hebreus
3:12-19.
Introdução: Vamos tentar descobrir a razão pela qual muitos da
cidade de Nazaré ficaram privados da manifestação do poder que emanava
de Jesus.
1- Reconhecendo o Poder, mas questionando a
Fonte.
Os habitantes de Nazaré, ao analisarem o ministério de Jesus, embora
reconhecessem Sua sabedoria, bem como os milagres por Ele operados
tinham dificuldades de identificar a fonte de todo esse poder. Não
percebiam que tudo provinha de Deus.
Por ser Jesus uma pessoa tão conhecida na cidade, lugar onde viveu sua
infância, sendo dali toda a sua parentela, ficava difícil para muitas
pessoas dissociar o menino de Nazaré, do homem que fazia proezas. Como
alguém conhecido desde pequeno, como uma pessoa comum e igual a todas as
demais, poderia agora estar realizando milagres da parte de Deus? Alguns
pensavam ser uma técnica especial aprendida; outros, artes mágicas;
menos, poder do Alto.
Os que viveram longe de Cristo no passado, mas voltaram para o seu lugar
de origem depois da experiência do novo nascimento, estão sujeitos às
mesmas dificuldades. Pode ser difícil para os amigos mais íntimos
acreditarem numa mudança de vida, principalmente quando a imagem de quem
a pessoa era, ainda esteja tão nítida na memória (Mt 10.34-36).
Mas a transformação genuína não ficará encoberta. Muitos hão de perceber
que algo novo aconteceu e glorificarão a Deus por esse motivo.
2 – Sentindo-se ofendidos e enganados por Jesus
Quando a Bíblia diz que os de Nazaré “escandalizavam-se n'Ele”, quer
dizer que muitas pessoas estavam se sentindo enganadas por um suposto
falso profeta. Era como se Ele fosse uma pedra de tropeço no caminho, da
qual todos deviam se afastar. Eles se sentiam ofendidos e traídos por
alguém da própria terra e, definitivamente, não estavam dispostos a crer
que o filho do carpinteiro pudesse ser o Messias prometido.
Para muitas pessoas a mensagem do Evangelho também lhes parece loucura.
Eles se justificam alegando insensatez acreditar num livro escrito por
homens, ou aceitar a história do Jardim do Éden (I Coríntios 1:18). No
entanto, para nós, o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo
o que crê (Romanos 1:16).
3 – Privando-se das Melhores Bênçãos
Tudo isso termina de forma muito triste. A cidade na qual Jesus gostaria
de ver os maiores milagres, acabou deixando de ver a glória de Deus
passando por ali. A única razão que a Bíblia registra para tamanha
ausência de poder, não estava numa eventual falta de inspiração para
curar ou realizar milagres, e sim, na incredulidade daqueles que não
conseguiam ver em Jesus, o Filho do Deus Vivo. A lembrança do
“carpinteiro” ainda era mais forte do que a visão de quem havia descido
dos Céus. Por causa disso, ficaram privados de uma bênção maior (Hebreus
3:12-19).
Muitas pessoas, infelizmente, continuam se privando do melhor que Deus
tem a oferecer quando deixam de conhecer a Jesus de uma forma íntima e
pessoal.
Se cada pessoa abrisse o coração e deixasse a Palavra penetrar revelando
Cristo dentro dele, todas as coisas passariam a ter um significado
especial. Todos poderiam falar do Filho de Deus, não como alguém
comentado em livros e biografias, mas de um Cristo pessoal, revelado no
íntimo do coração. A Bíblia, a Igreja, e todas as demais coisas
relacionadas ao Reino de Deus, não seriam mais vistas como coisas
estranhas, e sim como recursos divinos para aproximar o homem do caminho
celestial.
Conclusão
As pessoas de Nazaré deixaram passar a oportunidade de ter suas vidas
totalmente transformadas. Não conseguiram perceber que Aquele homem era
o Deus que se fez carne e habitou entre nós. Deixaram de ver milagres,
curas e, acima de tudo, perderam a oportunidade de receber o Evangelho
que transforma corações.
Aplicação
Neste período de reflexão, procure se lembrar de alguma situação em que
você tenha se privado de uma bênção, por causa da aparência da pessoa
que ministrava na ocasião. Se isso aconteceu, peça perdão a Deus por
haver julgado alguém por sua aparência, desprezando o poder do Alto
manifestado no seu interior.