Texto: Mc 5.6-20
Textos Complementares: Fl 2.9-11; Mc 16.17; Mc 9.23; Mt 19.21-22;
Gn 12.3
Versículo para memorizar: "Quando chegaram perto de Jesus, viram
o homem que antes estava dominado por espíritos maus, e ficaram
assustados porque ele estava sentado, vestido e no seu perfeito juízo."
(Mc 5.15).
Introdução: Uma vida preciosa estava aprisionada por espíritos
malignos, até que esta pôde se encontrar de forma maravilhosa com Jesus.
Hoje, veremos como se deu o confronto espiritual e os efeitos na vida
daquele homem.
1 - Jesus sendo adorado pelos demônios -
A legião de demônios que estava naquele homem, ao ver Jesus,
adorou-o. Certamente não se tratava do mesmo tipo de adoração que os
verdadeiros filhos de Deus lhe apresentam. Mas se tratou do
reconhecimento de quem Ele realmente é: o Filho de Deus Altíssimo,
respeitado em todo o reino espiritual.
Saiba que ao Nome de Jesus todo os seres se prostram, mesmo os demônios.
Eles não podem resistir a este Nome que é sobre todo nome: Jesus Cristo
(Fl 2.9-11).
2 - Jesus e a ordem para a saída dos demônios
- O homem e os demônios não podiam mais viver juntos. Sem hesitar,
ordenou aos espíritos que saíssem, e eles saíram.
Não haverá libertação completa de vícios, prisões e amarras, se não
houver um confronto sério aos seres espirituais que estão exercendo
influência sobre alguma pessoa. Eles precisam ser expulsos, em Nome de
Jesus (Mc 16.17).
3 - Jesus e a identidade dos demônios
- Nessa ocasião, Jesus perguntou o nome do demônio que com Ele
falava, até ouvir a resposta: 'Legião" (por serem muitos). Não O vemos
adotando a prática de perguntar o nome dos espíritos maus. Mas, nesse
caso, sim. Talvez para que ficasse notificada a dimensão do sofrimento
vivido por aquela pessoa.
Legião, segundo o exército romano, representava o número de 6.000
soldados. Talvez não fosse exatamente esse o número de demônios que agia
ali, mas, certamente, um número considerável, tendo em vista o prejuízo
causado naquela vida.
Mas tudo isso apenas reforça a verdade de que, não há problema tão
difícil que não possa ser resolvido em Cristo (Mc 9.23).
4 - Jesus e o convite para que Ele se retirasse
da região - Depois de haver permitido a saída dos demônios do
homem para os porcos, Jesus foi convidado a se retirar daquela região.
Motivo: o grande prejuízo causado ao dono dos porcos.
Ele não tinha intenções de prejudicar ninguém. Apenas estava ali para
buscar e salvar o que se havia perdido. E graças a Deus conseguiu! No
entanto, para muitos, a perda dos porcos foi mais significativa do que a
libertação de uma vida.
Hoje, alguns ainda estão procurando manter o Senhor o mais distante
possível de suas vidas, de seus negócios, de suas famílias, por pensarem
na possibilidade de levar algum prejuízo com isso. Não querem correr o
risco de ter de renunciar algo de valor por amor a Cristo (Mt 19.21-22).
5 - Jesus e a ênfase na restauração da família
- Jesus não permitiu que o homem liberto o seguisse em seu
ministério missionário. Provavelmente tenha pensado no longo tempo que o
ex-endemoninhado já havia desperdiçado, longe de casa de sua família. O
Senhor anelava vê-lo restaurado em todas as áreas, principalmente nas
questões familiares. Certamente as prisões demoníacas haviam provocado
sérias rupturas na relação marido e esposa, pais e filhos. Era urgente a
necessidade de se voltar para casa a fim de restaurar o que estava
quebrado.
Ao não permitir que ele o acompanhasse em sua jornada missionária, Jesus
estava ensinando que a restauração da família deveria ser a prioridade
em sua vida, para que, então, ele pudesse frutificar no ministério.
Depois disto, aquele homem se tornou uma grande testemunha em Decápolis
(um grupo de dez cidades circunvizinhas - Mc 5.20) Gn 12.3.
Conclusão: Ao Nome de Jesus, até os demônios se submetem.
Precisamos exercer autoridade sobre eles, expulsando-os dos homens. A
quantidade de espíritos atuando em alguém não deve nos intimidar. A
libertação de uma vida sempre será mais importante do que qualquer bem
material, bem como, será um passaporte para a restauração de toda a
família.
Aplicação: Pare um pouco para refletir sobre o seu relacionamento
familiar. Identifique possíveis problemas que tenham sido gerados por
você mesmo, no tempo em que não conhecia ao Senhor. Arrependa-se
daquelas atitudes, e busque uma oportunidade para pedir perdão e
promover a restauração necessária.